Destino Cruzado Não Soltar!

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Ela deu de ombros: “Então, cada um faz o que quer, não importa o outro, não é? Afinal de contas, não se pode permitir que apenas os poderosos façam o que querem sem deixar que as pessoas acendam suas próprias luzes.”

Felipe segurou seu queixo com firmeza, olhando–a com intensidade, mas sem raiva. Em vez disso, um sorriso irônico apareceu em seu rosto: “Você está com ciúmes?”

Ela riu: “Sr. Martins, eu já lhe disse que mesmo que você fosse o último homem na Terra, eu não gostaria de você. Estou falando sério! O senhor não atende aos meus critérios de escolha, sou uma pessoa prática e não desperdiço meus sentimentos facilmente.”

A boca de Felipe se apertou e ele sentiu uma pontada inexplicável no coração, como se uma bala o tivesse atingido.

“De quem você gosta? Do Elton?”

Ângela Alves ficou calada.

Ela gostava de estar com Elton. Ele era bonito, talentoso, gentil como água e engraçado. Não tinha a arrogância e a pretensão típicas dos filhinhos de papai.

Ele a aquecia nos dias frios, ajudava–a quando ela precisava e a encorajava nas derrotas. Ele era tudo o que ela imaginava em um parceiro.

Infelizmente, ela não era a alma gêmea que ele procurava, ou não teria desaparecido sem deixar rastros três anos atrás.

O ar estava repleto de um silêncio semelhante ao da morte.

Um silêncio que torcia cada nervo do corpo de Felipe.

“Por que você não fala?”

Por que ele não disse, como antes, que eles eram apenas amigos?

Será que ele estava aceitando a situação?

Um sorriso estranho e melancólico apareceu no rosto dela: “Não há nada a dizer, tanto faz. Pense o que quiser. De qualquer modo, não me importo com o que você pensa.”

Ela falava com tanta calma, desinteresse e despreocupação que parecia que ele era apenas um estranho sem importância.

Felipe sentiu uma dor aguda no coração, como se tivesse sido espetado por um espinho afiado.

Ele moveu os lábios, querendo dizer algo, mas não conseguiu pronunciar uma palavra, como se algo estivesse bloqueando sua garganta.

Aproveitando o momento, Ângela Alves rapidamente escorregou para fora de seus braços e

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entrou no quarto,

Quando ela salu do banho, viu Felipe na varanda, imóvel, como um fantoche sem alma.

*Sr. Martins, estou pronta para dormir. Vai dar uma aula de música para o bebé?” A voz dela soprou como um vento frio, fazendo–o tremer. Quando ele se virou, ela já estava no quarto,

deitada na cama.

Ele se sentou ao lado da cama e pegou um livro no criado–mudo.

Com os olhos fechados, ela estava tão tranquila, como se já estivesse dormindo.

Ele a olhava fixa e profundamente, seu belo rosto sem expressão, frio como sempre. Mas ao fundo, como um mar agitado por um furacão, ondas turbulentas estavam se formando.

Naquele momento, no entanto, percebeu de repente que ela estava muito distante, tão distante que ele não conseguia tocá–la, como uma pipa no céu que poderia voar para longe e desaparecer a qualquer momento se a linha se rompesse.

Um medo inexplicável brotou de dentro dele, espalhando–se por seu corpo.

Do que ele tinha medo? Com o que ele estava preocupado?

Ela era apenas uma mulher sem importância. Por que ele deveria se preocupar com sua existência?

こ

Ele pegou um copo e bebeu toda a água, afastando as emoções indesejadas e começou a ler.

Ele só se importava com a criança.

Sim, apenas a criança, é claro!

Na manhã seguinte, ao acordar, Ângela Alves descobriu que seu irmão estava nos trending topics por toda a internet.

Ela sabia que alguém iria explorar a história dele com Rebeca.

[A produção fez de propósito pra nos fazer shippar o casal antigo?]

[Eles terminaram há dois anos, será que vão voltar?]

(Foque na carreira, não namore. ]

[Se ele voltar com ela, eu deixo de ser fã. ]

As fãs adolescentes saíram em protesto, não permitindo que seu ídolo namorasse.

Isso era algo que Ângela Alves já esperava; todo ídolo que anuncia um relacionamento perde fãs da noite para o dia.

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