Destino Cruzado Não Soltar!

Capítulo 727

Ramalho franziu a testa e disse: “Por que eles estariam com esse sujeito mal–encarado?”

“Os semelhantes se atraem, as pessoas se agrupam com seus iguais. Eles são malfeitores, por isso se juntam. E nós somos gente boa, gente boa anda com gente boa” – explicou Galeno com uma seriedade impecável.

Ramalho sentiu uma profunda decepção por tia e Zito, que se juntaram a Leila, a malfeitora. Parecia que estavam destinados a serem inimigos.

Porque Leila era inimiga de Anjo, e o inimigo de Anjo era o inimigo dele.

Qualquer um que ajudasse Leila também era seu inimigo.

Enquanto conversavam, um homem se aproximou carregando uma caixa embrulhada em um pano preto.

Seus passos eram robóticos e seus olhos estavam fixos à frente, vazios e sem vida.

O guarda de segurança percebeu que havia algo errado e o interceptou: “O que está fazendo?”

O homem não respondeu, apenas jogou o pano preto para o lado, revelando um enxame de abelhas.

Os seguranças ficaram alarmados e tentaram tirar a caixa de suas mãos, enquanto outros protegiam Ramalho e Galeno, cobrindo sua fuga apressada.

O homem soltou a caixa, que caiu no chão, e as abelhas assassinas voaram para fora, picando todos que

estavam à vista.

Em um instante, a praça se transformou em um caos, com pessoas gritando e correndo desesperadamente.

Os seguranças conseguiram colocar Ramalho e Galeno no carro, enquanto os dois que tentaram pegar a caixa foram picados.

Várias pessoas ficaram feridas na praça, incluindo idosos, crianças e uma mulher grávida.

O homem que soltou as abelhas tropeçou e fugiu, sendo atropelado por um caminhão ao atravessar a

rua.

Galeno e Ramalho estavam apavorados e se abraçaram com força.

“Galeno, não tenha medo, eu vou te proteger“.

“Tio, eu também vou te proteger“.

Depois que os colegas feridos entraram no carro, os seguranças saíram rapidamente, temendo que as abelhas entrassem pelas frestas.

Sua prioridade era garantir a segurança de Galeno e Ramalho.

No Edifício GM.

Ângela recebeu uma ligação de Nilo, avisando que Galeno e Ramalho tinham sido atacados, e imediatamente informou Felipe.

Ele já sabia do incidente pelos seguranças.

Os dois se apressaram para o hospital.

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Felizmente, os seguranças estavam atentos e Galeno e Ramalho saíram cedo, sem serem picados.

Os seguranças feridos estavam na sala de emergência recebendo soro.

Havia muitas outras pessoas na emergência, todas picadas pelas abelhas, com crianças chorando inconsolavelmente de dor.

Ângela abraçou seu filho e Ramalho.

Ramalho era apenas uma criança e certamente estava assustado, precisando de seu conforto.

“Vocês dois estão bem, isso é o que importa. Estou muito aliviado.”

“O que aconteceu, afinal?” – perguntou Felipe.

“Aquele louco apareceu do nada. Quando ele se aproximou de você, o Bryan e o Ivo o interceptaram. Não esperávamos que ele tivesse um enxame de abelhas na caixa. Ele a jogou no chão e as abelhas saíram voando. Para nossa sorte, conseguimos voltar para o carro a tempo e não fomos picados. Agora o Bryan e o Ivo estão em maus lençóis” – disse o segurança Plínio.

Um brilho gelado passou pelos olhos de Ângela: “Sr. Martins, o senhor acha que ele queria se vingar da sociedade ao acaso ou foi enviado para atacar especificamente o Ramalho e o Galeno?”

O olhar de Felipe ficou mais sombrio, como se uma onda de frio o tivesse envolvido.

“Provavelmente a segunda opção“.

Ramalho falou baixinho: “Pela cara dele, parecia que estava hipnotizado.”

Galeno estremeceu: “Será que foi Zito quem fez isso?”

Felipe já havia enviado alguém à delegacia para investigar o caso.

O homem foi atropelado e morreu na hora.

A polícia rapidamente descobriu sua identidade.

Ele tinha um histórico de transtorno mental, havia agredido gravemente várias pessoas e até matado uma mulher grávida. Mas, por ser doente mental, escapou da punição. Depois de alguns anos em um hospital psiquiátrico, ele foi liberado.